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TECNOLOGIA - Rápida digitalização do consumidor financeiro exige mais ferramentas contra fraudes

07/10/2022

A infraestrutura bancária no Brasil é uma das maiores do mundo, capaz de suportar mais de 100 bilhões de transações a cada ano. De acordo com Rodrigo Mulinari, diretor do comitê de inovação e tecnologia da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o investimento dos bancos em tecnologia foi de R$ 30,1 bilhões no ano passado e neste ano deve ter crescimento de 18%, chegando a R$ 35,5 bi. Esse e outros dados fazem parte da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022.

Mulinari afirma que os consumidores vêm intensificando a realização de transações em tempo real, como o PIX e o atendimento online. Conclusão: a cada dez transações bancárias realizadas, sete são digitais. Por outro lado, com o crescimento da digitalização de consumidores e transações online durante a pandemia, estima-se que o número de golpes triplicou em apenas dois anos. Matéria do Estadão aponta que a quantidade de golpes no sistema financeiro brasileiro deverá bater a marca de R$ 2,5 bilhões em prejuízos até o final de 2022 – valor que pode ter sido subestimado, já que nem todo golpe é reportado.

Entre as operações digitais, além dos prejuízos causados pelos golpes bancários, a fraude do cartão de crédito é outro tipo muito comum de roubo de identidade. De acordo com a Serasa Experian, o segmento de Bancos e Cartões contabilizou 2,3 milhões de tentativas de fraude em 2021, resultando numa alta de 33,3% em comparação com 2020.

De acordo com Guilherme Terrengui, head de novos negócios da Sumsub no Brasil, a digitalização do consumidor financeiro exige cada vez mais ferramentas que inibam todo tipo de fraude. Com isso em mente, o executivo diz que a plataforma tudo-em-um acaba de lançar uma solução de monitoramento de transações de ciclo completo, com recursos de orquestração ao longo de toda a jornada do usuário.

O monitoramento de transações, também conhecido como KYT (know-your-transaction), é um conjunto de procedimentos destinados a detectar atividades suspeitas – tanto de quem envia, como de quem recebe dinheiro. “Além de evitar perdas significativas de dinheiro, esse tipo de tecnologia ajuda as empresas a permanecerem em conformidade com práticas de prevenção à lavagem de dinheiro e corrupção. São mais de 300 cenários de risco prontos para uso, permitindo criar regras personalizadas e perfis de risco. Além disso, os usuários podem monitorar continuamente o status das transações em tempo real, mantendo todos os dados armazenados e gerenciados em um só lugar”, diz Terrengui.

Verificações KYT, segundo o executivo, em conjunto com KYC (know-your-client), são cada vez mais recomendadas para o setor financeiro – incluindo bancos, Fintechs, provedores de serviços de pagamento, plataformas de jogos online etc.

 

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