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SAÚDE OCULAR - Estudo mostra que latinos, asiáticos e afrodescendentes têm risco aumentado para determinadas doenças oculares

24/05/2018

Muitas doenças oculares fazem parte do processo de envelhecimento. Mas o que as pessoas geralmente desconhecem é que sua ascendência e etnia têm um papel significativo no aumento de vulnerabilidade para certos problemas de visão. Estudo divulgado no jornal norte-americano Ophthalmology, mostrou evidências de que latino-americanos com ancestrais africanos sofrem mais de hipertensão ocular – importante fator de risco para o glaucoma. Esse é apenas um exemplo de como determinados grupos são mais suscetíveis à perda de visão.  

O portal da American Academy of Ophthalmology, por exemplo, informa que cidadãos com ascendência africana, latina e asiática têm risco aumentado para determinadas doenças oculares. O objetivo é encorajar as pessoas a se prevenirem desde cedo para evitar o comprometimento da visão no longo prazo. O estudo diz que americanos de origem caucasiana têm risco aumentado para degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Mas pessoas com ascendência africana ou latina têm muito mais propensão a desenvolver retinopatia diabética, glaucoma e catarata. Os americanos de origem asiática, por sua vez, são bem mais suscetíveis a desenvolver glaucoma de ângulo fechado, que – embora menos comum que o glaucoma de ângulo aberto – pode causar perda irreversível da visão.

De acordo com o médico Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, enquanto o glaucoma de ângulo aberto é mais comum e está muito relacionado com o processo de envelhecimento, o glaucoma de ângulo fechado costuma ocorrer quando a pressão do olho aumenta rapidamente, de uma hora para outra, causando visão embaçada ou perda súbita de visão, dor forte no olho, dor de cabeça, halos ao redor de luzes e incômodos como náuseas e vômitos. “Como esses sintomas podem ser facilmente confundidos com os de enxaqueca, é fundamental que o paciente verifique se os olhos estão vermelhos. Em caso afirmativo, deve procurar um oftalmologista com urgência”.

O oftalmologista revela que uma boa forma de se prevenir de várias doenças oculares – inclusive as que nos afetam mais no Brasil, como DMRI, glaucoma e catarata – é conhecer seu padrão familiar de saúde ocular, parar de fumar, adotar uma alimentação saudável e rica em ômega-3, fazer exercícios regularmente, usar óculos de sol até mesmo em dias nublados e fazer exames de visão com alguma regularidade. Neves destaca que, como muitos problemas de visão não apresentam evidências logo no início, a informação é a melhor prevenção. “Alguns sinais permanecem invisíveis por muitos anos, exceto quando o paciente faz um exame minucioso, com dilatação de pupila. Portanto, quanto mais o paciente souber sobre um risco aumentado para determinadas doenças, tanto mais poderá se prevenir. A partir dos 40 anos, exames de visão anuais são bastante importantes, bem como corrigir hábitos relacionados ao estilo de vida, alimentação e padrões do sono”.

 

Fontes: Dr. Renato Neves, médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

 http://www.aao.org/eye-health/news/ethnicity-eye-disease-risk-reminder-asian-african-

 

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