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SAÚDE: Hipertensão, uma bomba-relógio

03/03/2010

Enquanto especialistas tentam compreender por que as mulheres se apavoram mais ao perceber um caroço no seio do que quando constatam que estão sofrendo de pressão alta, a mídia reforça a importância da prevenção das cardiopatias através da eliminação dos fatores de risco.

“A mulher hipertensa é como uma bomba-relógio. O aumento da pressão arterial leva a doenças do coração – aumentando as chances de um ataque cardíaco –, compromete vasos sanguíneos e, inclusive, o funcionamento dos rins”, diz Rafael Munerato, cardiologista e diretor técnico do Hospital Santa Paula, de São Paulo.

Quando não tratada, a pressão alta é a principal causa de infarto agudo do miocárdio (IAM). Nos Estados Unidos, mais de meio milhão de mulheres morrem de cardiopatias a cada ano – o que corresponde a mais do que todas as dez principais causas de morte somadas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 300 mil pessoas morrem de doenças do coração a cada ano. “Considerando que as mulheres representam metade desse número, temos 150 mil mortes por ano contra nove mil que sucumbem ao câncer de mama”, diz Munerato.

Segundo o cardiologista, a hipertensão atinge entre 10% e 15% dos brasileiros. Em cada dez infartos, quatro atingem mulheres. Mas elas costumam apresentar menor taxa de sobrevivência. “Além de controlar a hipertensão, as mulheres precisam reduzir outros fatores de risco que têm negligenciado, como tabagismo, estresse, sedentarismo, níveis de colesterol e triglicérides, obesidade e taxa de açúcar no sangue. Aquelas que têm parentes próximos que morreram de cardiopatias também devem redobrar os cuidados com a saúde”, diz o médico.

Fonte: Dr. Rafael Munerato, médico cardiologista e diretor técnico do Hospital Santa Paula, de São Paulo

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