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15/09/2009
Em seu primeiro romance, “Maria”, a psicóloga Regina Maria B. de Albuquerque Pinheiro conta a história de uma mulher de meia-idade que, presa de forma inusitada, deliberadamente abre mão do habeas corpus a que tinha direito e passa a viver no cárcere de um distrito policial.
Num ambiente hostil, em que as contradições humanas não têm onde se esconder senão atrás das grades, Maria faz várias incursões ao passado. As desaprovações do pai, a indiferença da mãe, a comparação com os irmãos e a relação de subordinação com os avós aristocratas não raro suscitam identificações emocionadas e reflexões pessoais por parte dos leitores.
Da mesma forma com que não teme tocar em assuntos nevrálgicos de seu passado, Maria também não escolhe palavras para descrever a relação com cada um dos seus filhos, que encaram a experiência da mãe como mais uma de suas digressões.
O fio condutor, entretanto, entre os erros do passado e as tentativas de acerto do presente, é um grande amor de adolescência que Maria carregou no peito e que, finalmente, depois de dois casamentos desfeitos, se permitiu viver. Essa sim pode ser considerada a mais bela ousadia de sua vida.
* Regina Maria B. de Albuquerque Pinheiro, 60, é psicóloga formada na PUC-SP. Depois de 23 anos dedicados ao atendimento clínico, decidiu se lançar como escritora, passando um tanto da sua alma para o papel. Cinco outros livros já estão finalizados, apenas aguardando o exato momento de ir para o prelo.
Num ambiente hostil, em que as contradições humanas não têm onde se esconder senão atrás das grades, Maria faz várias incursões ao passado. As desaprovações do pai, a indiferença da mãe, a comparação com os irmãos e a relação de subordinação com os avós aristocratas não raro suscitam identificações emocionadas e reflexões pessoais por parte dos leitores.
Da mesma forma com que não teme tocar em assuntos nevrálgicos de seu passado, Maria também não escolhe palavras para descrever a relação com cada um dos seus filhos, que encaram a experiência da mãe como mais uma de suas digressões.
O fio condutor, entretanto, entre os erros do passado e as tentativas de acerto do presente, é um grande amor de adolescência que Maria carregou no peito e que, finalmente, depois de dois casamentos desfeitos, se permitiu viver. Essa sim pode ser considerada a mais bela ousadia de sua vida.
* Regina Maria B. de Albuquerque Pinheiro, 60, é psicóloga formada na PUC-SP. Depois de 23 anos dedicados ao atendimento clínico, decidiu se lançar como escritora, passando um tanto da sua alma para o papel. Cinco outros livros já estão finalizados, apenas aguardando o exato momento de ir para o prelo.