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Tosse promove limpeza de pulmões e garganta

27/06/2008

A tosse é um mecanismo de defesa do organismo, já que provoca a expulsão de muco, catarro e até corpos estranhos, providenciando a limpeza dos pulmões e da garganta. Nos Estados Unidos, cerca de US$ 1 bilhão é gasto anualmente com o tratamento da doença. No Brasil, nesta época do ano, a população investe bastante em xaropes para o controle da tosse.
De acordo com o médico pneumologista João Geraldo Simões Houly, do Hospital Santa Paula, os dois principais tipos de tosse são a produtiva (que apresenta formação de secreções) e a seca. Também se pode classificá-la como crônica e aguda. “Cada tipo está diretamente relacionado a uma doença específica. A aguda, por exemplo, tem como causa mais freqüente uma infecção viral das vias respiratórias superiores. Trata-se de uma manifestação secundária, sendo resultado da drenagem de secreções nasais que atingem a garganta. Já a tosse seca é resultado da sensibilização de receptores da tosse, que podem ser do ouvido, da garganta, da pleura, da traquéia ou dos brônquios”.
Houly diz que a tosse crônica pode ser atribuída a diversas causas. Asma, bronquite, rinite, sinusite, doença de refluxo gastroesofágico e doenças do coração são as mais recorrentes. Mas, os agentes externos, como poluição, poeira e fumaça de cigarro, não devem ser menosprezados.
“Não se deve recomendar xaropes. Quando a tosse se apresentar de forma seca (improdutiva) e irritativa, sobretudo quando perturbar o sono, é possível lançar mão de antitussígenos. Porém, há que se considerar sempre a relação risco-benefício, admitindo-se que se está suprimindo um mecanismo de defesa – com a possibilidade de retenção de catarro e agravo da doença, sobretudo em idosos”, alerta o especialista.
Saiba quando é hora de procurar um pneumologista:
1. quando o catarro expelido tiver uma coloração amarela ou verde (podendo ser resultado de uma infecção bacteriana);
2. quando a tosse persistir por mais de sete ou dez dias, mesmo quando a doença de base (resfriado ou gripe, por exemplo) já se apresenta controlada;
3. quando a tosse se estender por mais de duas semanas sem causa aparente;
4. quando a tosse vier acompanhada por episódios de febre ou houver expectoração de sangue juntamente com a mucosa.
Fonte: Doutor João Geraldo Simões Houly, médico pneumologista
e chefe de UTI do Hospital Santa Paula (www.santapaula.com.br)

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