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Tratamentos promocionais oferecem riscos
23/06/2008
A saúde bucal vem passando por mudanças desencadeadas pela economia do país. Se, por um lado, há bons profissionais no mercado, que oferecem um serviço bem feito e investem em tecnologia de ponta, por outro as empresas de odontologia de grupo acabaram ocupando um espaço deixado por aqueles profissionais dedicados a atender a população de baixa renda.
Não é de hoje que a odontologia oscila de acordo com a inflação e o rendimento familiar. Depois de seu tempo áureo, quando os dentistas estavam entre os profissionais mais bem pagos do país, o custo de vida obrigou os chefes de família a cortarem todos os gastos que não fossem imediatos, adiando os tratamentos odontológicos.
“Há um bom tempo a redução salarial tem levado as pessoas a ‘cortar o dentista’. O resultado disso são milhares de jovens profissionais desempregados e sem recursos próprios para investir na carreira. E a crise que se instaurou no segmento odontológico vem facilitando o surgimento de empresas que oferecem tratamento odontológico com pagamentos a perder de vista”, diz o doutor Marcelo Rezende, diretor da Smiling Dental Care.
Com a idéia de que cuidar dos dentes é “coisa de gente rica”, muita gente recorre a planos de tratamento em que não se sabe exatamente quem é o dentista responsável, sua formação, os materiais que utiliza etc. Ou seja, as pessoas estão fazendo suas escolhas com base na forma de pagamento, não na qualidade do tratamento ou na habilidade profissional.
Rezende defende que, “por mais que a popularização da odontologia represente um ganho enorme para a sociedade, há sempre o risco da sua banalização, podendo comprometer a saúde do paciente. Além disso, é preciso ter em alta conta a formação daqueles profissionais que investem na capacitação, participando de congressos internacionais, buscando atualização e excelência do serviço prestado”.
Na opinião do dentista, a sedução por um anúncio de página inteira que oferece a boca dos sonhos em troca de um carnê com 36 parcelas, ou ainda planos de tratamento com pagamentos a perder de vista, põe em risco não só uma classe inteira de profissionais competentes e sérios, mas, principalmente, a saúde do povo brasileiro.
“Profissionais respeitados nacional e internacionalmente persistem em seus projetos de odontologia de ponta, investindo no que a ciência tem de melhor para garantir mais saúde, bem-estar e qualidade de vida a seus pacientes. Afinal, muitos preferem contar com profissionais comprometidos com o resultado a longo prazo a optar pelos carnês odontológicos. Mas, é triste notar que há tantos dentistas talentosos perdendo pacientes para um inimigo oculto chamado ‘promoção’”, diz Rezende.
* Dr. Marcelo Rezende é cirurgião-dentista, especialista em implantes dentários,
diretor da Smiling Dental Care (Manaus, AM), e membro da Sociedade Brasileira
de Odontologia Estética.
Não é de hoje que a odontologia oscila de acordo com a inflação e o rendimento familiar. Depois de seu tempo áureo, quando os dentistas estavam entre os profissionais mais bem pagos do país, o custo de vida obrigou os chefes de família a cortarem todos os gastos que não fossem imediatos, adiando os tratamentos odontológicos.
“Há um bom tempo a redução salarial tem levado as pessoas a ‘cortar o dentista’. O resultado disso são milhares de jovens profissionais desempregados e sem recursos próprios para investir na carreira. E a crise que se instaurou no segmento odontológico vem facilitando o surgimento de empresas que oferecem tratamento odontológico com pagamentos a perder de vista”, diz o doutor Marcelo Rezende, diretor da Smiling Dental Care.
Com a idéia de que cuidar dos dentes é “coisa de gente rica”, muita gente recorre a planos de tratamento em que não se sabe exatamente quem é o dentista responsável, sua formação, os materiais que utiliza etc. Ou seja, as pessoas estão fazendo suas escolhas com base na forma de pagamento, não na qualidade do tratamento ou na habilidade profissional.
Rezende defende que, “por mais que a popularização da odontologia represente um ganho enorme para a sociedade, há sempre o risco da sua banalização, podendo comprometer a saúde do paciente. Além disso, é preciso ter em alta conta a formação daqueles profissionais que investem na capacitação, participando de congressos internacionais, buscando atualização e excelência do serviço prestado”.
Na opinião do dentista, a sedução por um anúncio de página inteira que oferece a boca dos sonhos em troca de um carnê com 36 parcelas, ou ainda planos de tratamento com pagamentos a perder de vista, põe em risco não só uma classe inteira de profissionais competentes e sérios, mas, principalmente, a saúde do povo brasileiro.
“Profissionais respeitados nacional e internacionalmente persistem em seus projetos de odontologia de ponta, investindo no que a ciência tem de melhor para garantir mais saúde, bem-estar e qualidade de vida a seus pacientes. Afinal, muitos preferem contar com profissionais comprometidos com o resultado a longo prazo a optar pelos carnês odontológicos. Mas, é triste notar que há tantos dentistas talentosos perdendo pacientes para um inimigo oculto chamado ‘promoção’”, diz Rezende.
* Dr. Marcelo Rezende é cirurgião-dentista, especialista em implantes dentários,
diretor da Smiling Dental Care (Manaus, AM), e membro da Sociedade Brasileira
de Odontologia Estética.