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Infecção hospitalar: controle exige mãos limpas

21/05/2008

A infecção hospitalar é uma realidade nos serviços de saúde, exigindo rígido controle. De acordo com a doutora Vânia Strabelli, médica infectologista do Hospital Santa Paula (SP), 70% das infecções hospitalares são causadas por bactérias do próprio paciente, geralmente encontradas na pele, no trato digestivo ou genital. “Todos nós temos esses agentes habitando nosso organismo. Quando nossas defesas estão em baixa por doenças, uso de antibióticos ou procedimentos realizados no hospital (como cirurgias, passagem de sonda vesical ou punção de vasos), pode ocorrer uma infecção classificada como hospitalar”.

Segundo a médica, os outros 30% da ocorrência de infecção se devem pela higienização dos instrumentos e, principalmente, pela limpeza das mãos. “Lavar as mãos antes e após entrar em contato com o paciente é a principal medida a ser adotada pelos profissionais de saúde para diminuir a incidência de infecção. O uso racional de antibióticos é outra medida importante para evitar o aparecimento das bactérias multi-resistentes, que são de difícil tratamento. Além disso, é importante cuidar da limpeza e organização do ambiente”.

A maioria das pessoas sabe que lavar as mãos é a melhor maneira de evitar doenças. Mas, será que sabem lavar bem as mãos? Na opinião da doutora Vânia, lavar as mãos de qualquer jeito, apenas enxaguando rapidamente, não cumpre o objetivo. A médica dá quatro dicas para garantir mais saúde através da limpeza correta das mãos:

1. Lave as mãos freqüentemente e sempre que usar o banheiro, trocar fraldas ou ter contato com animais de estimação;
2. Lave as mãos, também, antes de começar a cozinhar ou comer;
3. Enxágüe primeiro as mãos e depois use o sabonete e uma esponja. Esfregue as mãos, fazendo com que uma limpe a palma e o dorso da outra, o pulso e as unhas. A lavagem das mãos não deve ser inferior a 15 segundos;
4. Caso você se encontre em uma situação emergencial, onde falte o sabonete, não pense duas vezes antes de usar desinfetante. Mas, lembre-se: água e sabão é a solução.

Fonte: Dra. Vânia Strabelli, médica infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Santa Paula (www.santapaula.com.br).

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