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Dor no calcanhar: pavor de muitos atletas

21/02/2008

Imagine uma pessoa que é incapaz de colocar os pés no chão ao acordar, sob pena de sentir uma dor lancinante, permanecendo assim por algum tempo até que a dor vá perdendo força. É assim que se sente 10% da população nos Estados Unidos, de acordo com o site médico MedScape. No Brasil, ainda que sem dados oficiais, são muitos os casos que chegam aos consultórios anualmente.
De acordo com o cirurgião ortopedista José Eid, a dor no calcanhar geralmente está associada à fascite plantar. “Trata-se de um processo degenerativo não-inflamatório da fáscia plantar, que é uma estrutura fibrosa e espessa localizada na planta do pé e que se estende do osso do calcanhar até os dedos. O quadro clínico costuma ser crônico e durar vários meses”.
O doutor Eid afirma que a doença acomete muitos atletas profissionais e amadores. Ainda assim, qualquer pessoa que assuma atividades de intensa locomoção, ou mesmo aquela que trabalha em pé, está sujeita a esses episódios de intensa dor no calcanhar. Alterações no arco do pé – como pé cavo ou plano – podem levar a distúrbios mecânicos e, conseqüentemente, desencadear processos degenerativos da fascia plantar.
“É muito comum o paciente receber ordens médicas para caminhar diariamente, a fim de perder peso e melhorar a capacidade cardiorrespiratória, e acabar com uma inflamação na fascia plantar. Por outro lado, trata-se de um problema menor, em vista do que a obesidade e o sedentarismo podem fazer com uma pessoa”, diz o especialista.
Na opinião do médico, o exame clínico e o histórico de saúde do paciente são os métodos mais importantes na detecção da doença. O quadro doloroso costuma se apresentar já nos primeiros passos ao acordar, melhorando progressivamente. “As radiografias simples do calcâneo podem mostrar um esporão plantar, mas sabemos não ser a causa da dor nesses pacientes, já que a presença ou ausência do esporão não altera a resposta dos tratamentos. Quando necessário, a ressonância magnética também entra em cena para detectar o processo inflamatório e excluir outras doenças osteoarticulares”.
O ortopedista afirma que o tratamento geralmente é conservador de início, à base de antiinflamatórios, uso de palmilhas para absorção do impacto e fisioterapia. Para a maioria dos pacientes, o resultado alcançado é bom – com exceção de alguns casos que podem evoluir para um processo degenerativo crônico. O principal problema para atletas profissionais é ter de suspender temporariamente as atividades físicas.
“Quando o tratamento habitual falha, o tratamento por Ondas de Choque pode ser indicado. Com o auxílio de um equipamento desenvolvido com tecnologia de ponta, as ondas de choque (acústicas) são aplicadas na região da planta do pé, ativando a circulação sangüínea e promovendo a reparação do tecido. Os resultados clínicos têm se mostrado eficazes, com alívio dos sintomas e breve retorno às atividades habituais. Vale ressaltar que o procedimento não é considerado doping, estando plenamente liberado para esportistas profissionais”, diz o especialista.
José Eid explica que o procedimento é realizado por um médico ortopedista com certificação e treinamento realizado pelas sociedades médicas existentes. “A Terapia por Ondas de Choque é uma alternativa ao tratamento cirúrgico, com 85% de resultados satisfatórios no tratamento da fascite plantar. Além de ser bastante eficiente, o tratamento não é invasivo, não oferece riscos e descarta a necessidade de anestesia”.

A Terapia por Ondas de Choque é utilizada em mais 40 países, com trabalhos científicos com níveis de evidência moderados a elevados, e com aprovação de órgãos na Comunidade Européia, Canadá e nos Estados Unidos, como o FDA (Food and Drug Administration).

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