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Transplante de gordura é solução para rejuvenescimento seguro

20/02/2008

Entre 30 e 50 anos, dependendo do estilo de vida de cada um, o processo de envelhecimento vai ficando cada vez mais visível. Enquanto o corpo começa a apresentar acúmulo de gordura em determinadas regiões, o rosto passa a dar sinais claros de que está sofrendo ação da gravidade. O transplante de gordura vem provando ser uma das melhores opções para quem deseja recuperar a aparência jovem de modo seguro.

“O envelhecimento facial envolve a perda de gordura. O rosto passa a apresentar sulcos profundos na testa e nas linhas do sorriso (bigode chinês), queda das bochechas e afinamento dos lábios. Há pessoas que mudam completamente de fisionomia, ficando com o contorno do rosto quadrado”, explica o cirurgião plástico Fabrício Torres, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Segundo Torres, que desenvolve pesquisa com foco no estudo das células-tronco provenientes do tecido adiposo e possíveis aplicações em cirurgia plástica, o transplante de gordura oferece a grande vantagem de utilizar material do próprio paciente para remodelar as áreas agredidas pelo tempo.

“A gordura extraída durante uma lipoaspiração do abdome ou das coxas é empregada com sucesso no preenchimento facial, tanto para remodelar o contorno do rosto, como para engrossar os lábios e atenuar rugas. O melhor é que o índice de rejeição é zero, não havendo necessidade de o paciente fazer uso de drogas imunossupressoras”, diz o cirurgião plástico.


Gordura do paciente também é rica em células-tronco

Hoje, há pesquisas com células-tronco para substituição cutânea em pacientes com grandes áreas queimadas, bem como na reconstrução de orelhas, seqüelas resultantes de cirurgias para extração de tumores, ou mesmo no tratamento de feridas complexas. É comum, inclusive, haver casos em que se confunde a cirurgia com fins estéticos de um procedimento com fins reparadores.

Na opinião do cirurgião plástico Fabrício Torres, “a reparação, muitas vezes, é a melhora da estética de uma área do corpo e vice-versa. Por isso, uma quantidade enorme de pessoas irá se beneficiar com o uso de células-tronco encontradas na gordura extraída do próprio corpo”.

O especialista diz que o método apresenta a vantagem de utilizar material que já que existe em abundância no organismo, além de sua extração ser tecnicamente mais fácil (através de lipoaspiração), seu rendimento celular por grama de tecido ser mais alto que a medula óssea, e a agressão cirúrgica ser menor quando comparada à punção de medula óssea. Esse cenário faz da retirada de célula-tronco da gordura uma grande aposta no direcionamento das pesquisas nessa área.
“A cirurgia plástica tem tudo para se desenvolver como o grande campo na pesquisa e na aplicação de técnicas de bioengenharia tecidual e medicina regenerativa. Além disso, a obtenção de tecido adiposo via lipoaspiração já faz parte da rotina do cirurgião plástico. O que ainda falta para a cirurgia plástica brasileira é esse avanço na área reparadora. Talvez aí se encontre a chave para o sucesso: reparação e estética como objetivo único”, diz Torres.
*Dr.Fabrício Carvalho Torres é cirurgião plástico, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, e desenvolve linha de pesquisa com foco no estudo das células-tronco provenientes do tecido adiposo e possíveis aplicações em cirurgia plástica.

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