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CÂNCER DE PRÓSTATA: Brasileiro apresenta descobertas em Barcelona

05/12/2007

Estudo coordenado pelo médico urologista Paulo Rodrigues, do Hospital Santa Paula (SP), foi apresentado durante o primeiro Congresso Europeu Multidisciplinar em Câncer Urológico – que aconteceu este mês na Espanha. De acordo com o especialista, o maior ganho está em comprovar que, com medidas simples, é possível evitar que pacientes em tratamento de câncer de próstata desenvolvam osteoporose.

“Pacientes tratados com bloqueio hormonal, método freqüentemente empregado em pacientes com câncer de próstata, geralmente desenvolvem osteoporose significativa depois de seis meses, inspirando outros cuidados, aumentando o risco de fraturas e limitando as atividades do doente. A simples, porém nova, medida de adicionar bisfosfonados ao tratamento desses pacientes, a fim de evitar ou reverter a osteoporose secundária, pode mudar para muito melhor as condições gerais do paciente”, diz Rodrigues.

Segundo o urologista, a medida – que representa uma droga a mais no “amplo armamento” utilizado para o câncer de próstata – pode trazer benefícios para o tratamento em sua totalidade. “O câncer de próstata já está com ares de doença crônica, embora muitas vezes não seja curável. Há estudos em animais de experimentação que sugerem que esses medicamentos teriam, inclusive, ação sinergística não só para evitar a osteoporose, mas para retardar a progressão de metástases do câncer de próstata”.

Dados sobre câncer de próstata

No mundo todo, o câncer de próstata é o tipo mais comum da doença nos homens e é a segunda causa de mortes por câncer em geral. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença é a segunda causa de óbitos por câncer em homens e a quarta por neoplasias no Brasil, correspondendo a 6% do total de óbitos, sendo superado apenas pelo de pulmão. Em 2006, foram diagnosticados mais de 47 mil novos casos de câncer de próstata.
O Inca recomenda aos homens acima de 50 anos procurar um médico urologista ou uma unidade ambulatorial para uma avaliação anual. Apenas aqueles que apresentarem alguma alteração suspeita devem prosseguir em uma investigação mais detalhada.
Fonte: Dr. Paulo Rodrigues, médico urologista do Hospital Santa Paula (SP)

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