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Redução de mamas em meninos: solução para quem ‘morre de vergonha’ ao tirar a camiseta

03/07/2007

A ginecomastia é uma das principais causas de frustração em relação ao próprio corpo que os homens enfrentam desde muito cedo. O termo vem do grego e significa ‘parecido com mamas femininas’. Apesar de não se sentirem à vontade para falar sobre o assunto – e muito menos para tirar a camiseta em público – entre 40% e 60% dos homens têm alterações, que vão desde um volume sutil até reproduzir exatamente uma mama feminina.

“A redução das mamas é aconselhada ainda na adolescência, desde que o paciente apresente condições favoráveis à cirurgia. Primeiramente, é necessário avaliar as imagens da mamografia e do ultra-som do paciente. Quando se confirma a ginecomastia, o mais indicado é fazer a cirurgia da mama. Quando, além das glândulas, há gordura localizada, a cirurgia das mamas é complementada pela lipoaspiração. Se houver diagnóstico de ‘pseudoginecomastia’, ou seja, somente depósito de gordura, então a lipoaspiração é eficiente para corrigir o problema”, diz o cirurgião plástico Robert Jan Bloch, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Bloch diz que o candidato ideal para esse tipo de lipoaspiração é o homem jovem e saudável, que será beneficiado com a restauração da aparência masculina – o que contribuirá também para o aspecto psicológico. “Pacientes que estão na faixa do sobrepeso ou que são de fato obesos são aconselhados a seguir uma dieta para perda de peso antes de planejar a correção do problema. Já aqueles jovens que levam uma vida desregrada, ingerindo muito álcool, fumo e outros tipos de drogas, não são bons candidatos à cirurgia, porque têm muito mais chances de apresentar complicações do que pessoas regradas”.

O especialista diz que os fumantes, por exemplo, têm doze vezes mais chances de sofrer intercorrências em procedimentos cirúrgicos do que os não-fumantes. “O monóxido de carbono do cigarro reduz a oxigenação da corrente sangüínea, retardando o processo de recuperação no pós-operatório. Além de comprometer o sistema respiratório, o cigarro pode deixar o paciente mais suscetível a infecções, desencadear problemas na cicatrização e favorecer a necrose (apodrecimento) da extremidade da pele descolada durante a cirurgia”, diz Bloch.

De acordo com o cirurgião plástico, durante a cirurgia para a redução da mama é feita uma pequena incisão em forma de meia-lua no pólo inferior da aréola e retirado o tecido excedente com bisturi elétrico ou a laser. Todos os procedimentos são feitos de forma ambulatorial, com anestesia local e sedação. Têm duração entre 45 e 60 minutos, com pós-operatório indolor. “Os principais cuidados a serem observados nos 15 dias que se seguem à cirurgia são o uso de malha elástica e sessões de drenagem linfática. Os resultados são excelentes”.

De acordo com a regional paulista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, 2007 deve contabilizar mais de 20 mil cirurgias para correção de ginecomastia. Nos Estados Unidos, segundo a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, em 2006 houve 20 mil cirurgias de redução de mamas, ocupando o quinto lugar entre os procedimentos mais requisitados pelos homens. ■


Fonte: Dr. Robert Jan Bloch, cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão

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