Notícias

Renuncie à gordura trans, antes que seja tarde

26/06/2007

Segundo especialista, até mesmo os magrinhos correm alto risco
de desenvolver alguns tipos de câncer e doenças do coração

Nem só quem está na faixa do sobrepeso ou da obesidade tem de prestar atenção aos recentes estudos acerca da gordura trans e dos poliinsaturados. De acordo com o médico oncologista Francisco Marziona, do Hospital Santa Paula (SP), os ‘magrinhos’ também estão sujeitos a desenvolver determinados tipos de câncer – cólon, próstata e mama – e doenças cardiovasculares.

“Com o ritmo das grandes cidades, em que as pessoas acabam recorrendo às comidas congeladas, fast foods, salgadinhos e bolachas, é difícil manter a saúde sob controle. Mas, é necessário. Pensando nisso é que já existe todo um movimento inicial da indústria alimentícia substituir a gordura trans pela gordura interesterificada, por exemplo”, diz Marziona.

Segundo o médico, enquanto a ‘trans’ é formada durante a hidrogenação parcial de óleos vegetais, um processo que converte óleos vegetais em gorduras semi-sólidas, a ‘interesterificada’ implica que os ácidos graxos presentes no produto passaram por um processo que solidifica óleos vegetais sem que eles tenham de ser hidrogenados.

“Há que se encontrar alternativas que sejam viáveis do ponto de vista da saúde e da economia. Mas, entre uma e outra, é preferível optar por artérias livres de gorduras que se prendem às suas paredes e acabam por provocar um infarto, além de órgãos mais resistentes ao desenvolvimento de tumores”, diz o oncologista.

Marziona explica que a gordura trans – assim como a poliinsaturada – é pró-inflamatória e contribui para o aparecimento de doenças cardiovasculares e câncer, que, sabidamente, estão entre as principais causas de morte. “Para ter mais saúde, continua valendo adotar uma dieta pobre em gorduras e rica em fibras, bem balanceada em carboidratos complexos, proteínas e gorduras boas. Além disso, é muito importante levar a sério a máxima ‘não fumar’, praticar exercícios moderados e se esforçar para levar uma vida mais tranqüila, apesar de ser algo muito difícil de se conseguir nas metrópoles”. ◄

Fonte: Dr. Francisco Marziona é oncologista clínico do Hospital Santa Paula e do Instituto Paulista de Cancerologia

Rua Lord Cockrane, 255 conj.2 ‐ Ipiranga ‐ 04213-000 ‐ São Paulo ‐ SP

(55-11) 98547-0170

heloisa.paiva@presspagina.com.br