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Dor no quadril atrapalha vida sexual, diz especialista

01/06/2007

Problemas no quadril são comuns e podem confundir o paciente, que acaba reclamando de dor no bumbum, nas pernas, joelhos ou ainda nas costas. Mas, uma certeza existe: a dor no quadril atrapalha a vida sexual, principalmente quando as articulações estão comprometidas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 20% da população mundial sofre de dores nas articulações.

“Quem é sexualmente ativo e sofre de dores nas juntas, principalmente dos quadris, costuma reclamar das dificuldades na vida sexual em decorrência da restrição de movimentos, dos estalos e rangidos, ou mesmo de interrupções repentinas provocadas por ‘fisgadas’ muito dolorosas. O problema chega a comprometer muitos relacionamentos antes mesmo que o paciente resolva procurar um ortopedista”, diz o médico Lafayette Lage, especialista em quadril e medicina esportiva.

Lage diz que, quando o diagnóstico indica osteoartrite, não se trata apenas de uma doença da cartilagem, mas de uma falha da junta como um todo, envolvendo osso, músculos, tendões, ligamentos, fluidos sinoviais e cartilagem”.

A falta de apetite sexual entre os doentes pode se prolongar por bastante tempo, até que o paciente se sinta completamente sem dor. “Depois de passar por alguns episódios de dor aguda no intercurso sexual, o paciente acaba se sentindo desestimulado a ter contatos mais íntimos. Mulheres que sofrem de osteoartrite no quadril, particularmente mais sensíveis, são aconselhadas a buscar novas posições junto ao parceiro”.

Para o ortopedista, a artroscopia de quadril é uma das melhores alternativas para o fim das dores. “A artroscopia pode resolver lesões na cabeça do fêmur, labrum acetabular (semelhante ao menisco do joelho), cartilagem e ligamento. Esse tipo de lesão, muitas vezes, é responsável por inúmeros casos de dor na coluna, no púbis, glúteo e até mesmo no joelho. Daí a importância de uma investigação mais detalhada da dor”.
Mais recentemente, a cirurgia de superfície (resurfacing) vem sendo empregada com igual sucesso. O procedimento utiliza uma prótese de metal-com-metal e é recomendado a pacientes jovens do sexo masculino. Mulheres em idade fértil geralmente preferem o implante de prótese de cerâmica-com-cerâmica.
“A parte que recobre a cabeça do fêmur é colocada de modo semelhante a uma coroa dentária na boca, ou seja, somente se raspa a cartilagem desgastada, preservando-se o colo do fêmur. A outra parte, o acetábulo, é fixada na bacia sem cimento ósseo, permitindo uma articulação praticamente perfeita”, explica o especialista. ■
Fonte: Dr. Lafayette Lage, médico ortopedista, especialista em Medicina Esportiva e Quadril, da Clínica Lage Ortopedia de Ponta (www.clinicalage.com.br)

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