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CÂNCER DE MAMA - Especialistas afirmam que doença ainda é subdiagnosticada

21/11/2017

Durante o Congresso Anual do Instituto Britânico de Radiologia, que aconteceu no início deste mês, a médica alemã Christiane Kuhl, diretora clínica do Hospital Universitário Aachen, declarou que a principal discussão, hoje em dia, não deveria ser o risco de submeter mulheres com menos de 50 anos à mamografia, mas o fato de o câncer de mama continuar sendo subdiagnosticado. “O câncer de mama ainda é a primeira ou segunda principal causa de morte em mulheres. Cabe a nós fazer alguma coisa para mudar isso”.

Christiane Kuhl é conhecida por seus estudos em relação aos benefícios da ressonância magnética (RM) da mama e acredita que os fornecedores de equipamentos de medicina diagnóstica ainda vão desenvolver um equipamento de RM dedicado, como a mamografia. O exame seria útil tanto para pacientes com baixo risco para câncer de mama, quanto para mulheres que têm tumores que crescem rapidamente, com intensa atividade angiogênica (que precisam de suprimento de sangue para crescer e aparecem na ressonância). Entretanto, essa expectativa ainda esbarra no fator custo. Nesse sentido, a médica destaca vantagens de outras técnicas de imagem de mama, como o ultrassom e a tomossíntese. Ambas as modalidades melhoram a detecção de câncer de mama, destacando tumores que permanecem ocultos numa mamografia simples.

Brasil oferece o que há de mais moderno na detecção precoce do câncer de mama

Christiane Kuhl acredita que a base da triagem do câncer de mama será feita, no futuro, a partir da tomossíntese mamária em conjunto com imagens mamográficas 2D sintetizadas. No Brasil, isso já é uma realidade. De acordo com a especialista no diagnóstico das mamas Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Premium, em São Paulo, a detecção de um câncer de mama através da mamografia gira em torno dos 75%. Já a tomossíntese aumentou em 15% a precisão diagnóstica em relação à mamografia, alcançando 90%.  “Na tomossíntese mamária, fazemos imagens da mama com um milímetro de espessura e usamos um software que converte as imagens da tomossíntese em imagens mamográficas em duas dimensões, sintetizadas. Esse método diagnóstico permite a visualização de tumores menores, mais agressivos e provavelmente mais precocemente, quando comparado à mamografia convencional”.

A médica explica que, quando a mamografia convencional (2D) é realizada isoladamente, a sobreposição de estruturas da mama pode simular lesões suspeitas, obrigando a paciente a fazer mais radiografias para esclarecimento, ou até mesmo uma biópsia. Já a tomossíntese elimina a sobreposição dos tecidos. Com isso, há melhor definição das bordas das lesões, melhor detecção de lesões sutis e melhor localização da lesão na mama. “A tomossíntese digital permite a detecção do câncer numa fase muito precoce e em mamas densas e heterogêneas. Com o uso do software, a exposição à radiação cai pela metade – o que é muito bom. Essas características fazem com que esse seja o método diagnóstico mais apropriado para as mulheres a partir dos 40 anos, ainda que sua popularização deva demorar mais alguns anos por conta dos investimentos necessários”, conclui Vivian Schivartche.

Fontes:

https://www.auntminnieeurope.com/index.aspx?sec=log&URL=http%3a%2f%2fwww.auntminnieeurope.com%2findex.aspx%3fsec%3dsup%26sub%3dmri%26pag%3ddis%26ItemID%3d614998

Dra. Vivian Schivartche, médica radiologista do CDB Premium, especializada em diagnósticos da mama – www.cdb.com.br

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